Maratona Shyamalan

oi

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Mais uma maratona no Blog. A gente não sossega a xiriqueta. Dessa vez vamos falar dos filmes de um dos seres mais fofinhos do cinema mundial. Um cara que conseguiu ao longo de sua carreira juntar cerca de 18 fãs, 500 milhões de haters e outros bilhões que fazem parte do grupo de pessoas que apenas não. conseguem. se. segurar. de. ansiedade. pela próxima merda, sempre na expectativa de: “será que esse novo vai ser pior que o último?” Sempre é. \o/

"hahahahahaha"

“hahahahahaha”

Manoj Nelliyattu Shyamala, ou Manojinho, como era chamado pela família, nasceu na Índia e passou um tempo vendendo especiarias para comerciantes europeus, até que foi morar nos EUA. Cresceu sendo aquela criança esquisita sem migos na escola e que sentava na primeira cadeira e levantava o braço pra fazer pergunta justo na hora que a professora ia liberar a turma.

A vida de Manojinho mudou completamente quando ele tinha oito anos. Algum filho da puta teve a brilhante ideia de dar uma câmera pra ele, aí fudeu. Ele tinha um ídolo – Steven Spielberg – e começou a querer fazer filmes para imitá-lo.

Papai Shyamole, muito sábio, não queria que ele virasse cineasta. Sabia que o menino não levava muito jeito. Porém, Mamãe Shya, com peninha de dizer a verdade, encorajou.

Foto de uma indiana velha qualquer, finge que é a mãe dele

“nosa, filho, seu filminho ta lindo, já pode filmar os casamentos das primas” (OBS: Foto de uma indiana velha qualquer, finge que é a mãe dele)

O primeiro filme do Manojo, Praying with Anger, feito quando ele ainda estava na puberdade, saiu em 1992. No entanto, eu não vi, você não viu, sua mãe não viu e nem o próprio Manojão deve ter visto. Inclusive, se você achar esta delícia, envie para blogdoshitchat@gmail.com. Obrigada. Seguindo: em 1995 ele fez seu segundo filme, Olhos Abertos, com Dana Delany , Rosie O’Donnell e mais um pessoal aí. Só que o filme só foi lançado três anos depois, pois sabemos que nada é fácil para Manojeenho.

Manojo, na juventude, passando por uma fase

Manojo, na juventude, passando por uma fase

A vida, porém, resolveu compensar nosso amado diretor no ano seguinte. Como prêmio por todas as dificuldades que teve que enfrentar na vida, como a falta noção que o acompanha desde o nascimento, Manojow foi indicado a dois Oscars em 1999: um pelo roteiro e um pela direção de O Sexto Sentido, seu terceiro filme.

O sucesso de O Sexto Sentido foi tanto que Mano-jo esteve envolvido com diversas franquias, como Indiana Jones e Harry Potter, mas acabou desistindo pois Deus, provando que existe, interveio e falou “não”. Ele também estava envolvido com As Aventuras de Pi, mas pra esse ele não teve culhão. 😦

Manojo, com que frequência você tem seus sonhos destruídos pela indústria?

Manojo, com que frequência você tem seus sonhos destruídos pela indústria?

Seu filme seguinte acabou sendo Corpo Fechado, que trazia novamente uma parceria com John McClaine, além de um Samuel L. Jackson mais frágil que minha paciência pra spoilers de Game of Thrones. A galera meio que gostou. Era o auge do Manojo.

A partir de Sinais, de 2002, Manoja foi virando essa personalidade amada/odiada/admirada/kibada/venerada/desprezada que é hoje. Seus filmes seguintes, quase todos um sucesso de público, foram muito atacados por críticos pau no cu que não sabem apreciar um bom cinema. A inveja das inimigas era tanta que fizeram um site pra juntar dinheiro e mandar ele de volta pra faculdade.

Bolsa-Manojo

Bolsa-Manojo

Mas o Blog do Shitchetty sabe o valor de Manowjo, ou, como todos o conhecem atualmente, Shyamaly, então se prepara aí, maluco. Vai começar a maratona mais delícia que este Blog já viu. Sério.

Referências bibliográficas:
http://www.google.com.br

LINKS PARA A MARATONA
1. Olhos Abertos, 1998
2. O Sexto Sentido, 1999
3. Corpo Fechado, 2000
4. Sinais, 2002
5. A Vila, 2004
6. A Dama na Água, 2006
7. Fim dos Tempos, 2008
8. O Último Mestre do Ar, 2010
9. Depois da Terra, 2013

Maratona Cannes

imageOlá. O Blog do Shitchota começa agora mais uma de suas saborosas maratonas, as quais são uma ótima forma de se conseguir audiência. Desta vez, o assunto é o Festival de Cannes, que começa nesta quarta-feira (15). Mas antes de falar do que se trata esta maratona, vamos contextualizar a bagaça.

HISTÓRIA
O nome Cannes vem do antigo nome da cidade, Canua, que pode ser que derive da palavra “canna”. Vai saber. Uma “canna”, aliás, é uma planta ou um treco assim. Aconteceram umas paradas muito loucas lá entre o século X, a época em que a cidade tinha nome de planta, e o século XVI, quando se tornou independente de uns monge do mal que a controlavam. No século XVIII, os franceses expulsaram uns espanhóis e uns ingleses filhos da puta que queriam roubar a região para si. Aí, foda-se, virou Cannes.

Cane

Cane

GEOGRAFIA
Cannes é uma cidade do sul da França, que fica à beira do mar Mediterrâneo. Tem um total de 19,62km² e uma população de 73.234 pedantes. Sua principal atividade econômica é o turismo e, por isso, é lotada de hotéis de luxo, restaurantes para gente diferenciada e unidades da Estácio.

estacio

O FESTIVAL
Chega de palhaçada, vamos ao que interessa. O Festival de Cannes nasceu do recalque de uns franceses que tinham inveja do Festival de Veneza. A primeira edição, organizada pelo Ministro da Educação Jean Zay, deveria ter acontecido em 1939, presidida pelo Louis Lumière, que no caso é só o inventor do cinema. Só que tinha um negocinho chamado Segunda Guerra Mundial rolando, aí não deu. Ela foi acontecer só em 1946, quando Hitler já era presunto.

O festival foi ganhando importância nos anos 50, quando as celebs passaram a freqüentá-lo. Ó que graça os famosos de carona com Norman Bates:

cute

Sissi tá meio insatisfeita

Em 1955 surgiu a Palma de Ouro, que virou o prêmio dado ao melhor filme da competição. Aí em 1972, os filmes da parada passaram a ser escolhidos por uma comissão independente e não mais pelos países de origem. Long shot aqui, mas acho que estavam de cu cheio de ter que ver filmes brasileiros toscos com o Selton Mello todo ano.

Ta, agora vamos dar uma passadinha por alguns vencedores da Palma de Ouro. Sim, o Brasil já ganhou uma vez: O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, em 1962. Uns cara manero, tipo Billy Wilder, David Lean e Federico Fellini ganharam essa porra também, por Farrapo Humano, Desencanto e A Doce Vida, respectivamente. Uns outros caras, tipo o Michael Haneke, o Francis Ford Coppola e os Dardenne já ganharam duas vezes.

Eles também dão prêmios de atuação e *BANG* o Brasil também já ganhou um. Foi a Sandra Corveloni, do Linha de Passe, em 2008. Tipo que a velha ganhou Cannes e foi fazer Malhação, mas ta.

PELO AMOR DE DEUS MINHA SENHORA, TENHA AMOR PRÓPRIO

PELO AMOR DE DEUS, MINHA SENHORA, TENHA AMOR PRÓPRIO

Ano passado, o vencedor foi Amor, do Haneke. As duas sapatas do Além das Montanhas ganharam o prêmio de Melhor Atriz (o filme levou roteiro também) e o Madds Mikkelsen ganhou o de Melhor Ator por A Caça. O mexicano Carlos Reygadas ganhou o prêmio de Melhor Direção por Post Tenebras Lux, mas este filme ainda não estreou no Brasil então a gente tá cagando.

:(

😦

Mais que uma competição, o Festival de Cannes é uma forma de promoção do cinema europeu, que, como sabemos, está crescendo. Além disso, a presença dos famosos faz com que a cobertura midiática do evento seja tipo final do BBB, aí a galera aproveita pra lançar filmes, fazer negócios com distribuidoras etc.

E, aliás, Cannes conseguiu ser mais importante que Veneza.

Jean Zay satisfeita

Jean Zay satisfeita

A MARATONA
O Blog vai muito bem financeiramente, pagou as despesas para mandar 70% das funcionárias para o Lollapalooza e os salários já não atrasam há 4 meses. No entanto, somos apenas classe média e não dá pra mandar nenhum trouxa pra França – nem contrabandeado em navios carregados de pau-brasil. Por este motivo, a brilhante ideia do Blog é fazer textos de filmes antigos dos diretores que estarão em competição este ano, dando preferência à obras que participaram do festival em anos anteriores.

breve <3

breve ❤

Fica ligadinha aqui no Blog pois serão muitos textos nos próximos dias, e deu muito trabalho fazer. O mínimo que a senhora dona de casa pode fazer é parar de tentar ver outro acidente ao vivo no programa da Ana Maria Braga por dez minutinhos e clicar aqui. Obrigada.

***

LINKS PARA A MARATONA
1. Alexander Payne (As Confissões de Schmidt, 2002)
2. Zhang Ke Jia (Prazeres Desconhecidos, 2002)
3. Amat Escalante (Sangue, 2005)
4. Arnaud Desplechin (Um Conto de Natal, 2008)
5. François Ozon (Swimming Pool – À Beira da Piscina, 2005)
6. Valeria Bruni Tedeschi (Atrizes, 2007)
7. Paolo Sorrentino (O Divo, 2008)
8. Mahamat-Saleh Haroun (Um Homem que Grita, 2010)
9. James Gray (Amantes, 2008)
10. Alex van Warmerdam (Os Últimos Dias de Emma Blank, 2009)
11. Asghar Farhadi (A Separação, 2011)
12. Abdellatif Kechiche (Vênus Negra, 2010)
13. Steven Soderbergh (Sexo, Mentiras e Videotape, 1989)
14. Roman Polanski (O Pianista, 2002)
15. Hirokazu Koreeda (Ninguém Pode Saber, 2004)
16. Nicolas Winding Refn (Drive, 2011)
17. Takashi Miike (Hara-Kiri: Death of a Samurai, 2011)
18. Jim Jarmusch (Flores Partidas, 2005)
19. Arnaud des Pallières (Parc, 2008)
20. Joel Coen, Ethan Coen (Barton Fink – Delírios de Hollywood, 1991)

Maratona Kubrick

stanley-kubrick

Bom dia, faces. Hoje é um dia especial para o Blog. Nesta ensolarada quarta-feira, 06 de março de 2013, o Blog do Shitchat homenageará com uma maratona aquele que foi eleito o maior diretor de cinema de todos os tempos pela associação Blog do Shitchat: Stanley Kubrick. Hoje e amanhã, aniversário de 14 anos da morte do cara, os funcionários farão críticas salivantes de todos os filmes da carreira do velho. Mas se você for meio lesado, certamente está se perguntando: quem diabo é Stanley Kubrick?

Então, amores, Stanley de Oliveira Kubrick nasceu em 26 de julho de 1928 em Nova York, nos EUA, mas foda-se. Isso aqui não é um resumo da vida do cara, se você quiser ler isto você abra a página dele na Wikipedia ou faça como papai e mamãe e compre um livro. O que interessa para nós é que lá na puberdade de Stanlynho ele ganhou uma câmera fotográfica e poucos anos depois viraria fotógrafo profissional. Daí o velho subiu na vida e filmou três curta-documentários: Day of the Fight, Flying Padre e The Seafarers. Ao mesmo tempo, conseguiu financiamento para seu primeiro longa de ficção: Medo e Desejo.

O negócio é que Medo e Desejo meio que é uma bosta (falaremos dele em #breve), então Kubrick ficou putaço da vida. Inclusive boatos de que ele passou metade da vida sendo um gênio e a outra metade evitando que as pessoas assistissem a Medo e Desejo. Outras pessoas podiam seguir a dica e fazer isso praticamente com todos os seus filmes.

só fera

só fera

Mesmo assim o velho, que nessa época aí tinha seus 20 e poucos anos, não desistiu. Seus dois próximos filmes, A Morte Passou Perto e O Grande Golpe receberam críticas muito mais positivas e abriram caminho para sua primeira grande obra: Glória Feita de Sangue, em 1957, até hoje considerado um dos maiores clássicos do cinema.

Dali ele foi convidado por Kirk Douglas, na época jovem com apenas 288 anos, para substituir Anthony Mann em Spartacus. Kubrick não gostou do roteiro daquela merda e achou que a galera tava fazendo tudo errado. Ele foi lá e fez o que podia pra salvar o filme, mandou o diretor de fotografia sentar no cantinho e não fazer nada e ganhou um Oscar pro cara. No final, até que Spartacus é legal, mas Kubrickão morreu dizendo que o roteiro era meio cu.

O próximo projeto dele seria A Face Oculta, mas ele acabou não dirigindo porque Marlon Brando era uma diva e Kubrick não gosta de divas. Aí ele foi lá e fez Lolita, mesmo com censura e os caralho. E ele gostou tanto do Peter Sellers que chamou ele pra interpretar três personagens diferentes em seu filme seguinte: Dr. Fantástico.

stanley-kubrick-autoretrato

E aí foi só porrada: 2001 – Uma Odisseia no Espaço (1968), Laranja Mecânica (1971), Barry Lyndon (1975) e O Iluminado (1981). Inclusive, O Iluminado recebeu muitas pirocadas de críticos pau no cu tipo a gente e Kubrick foi até indicado a um Framboesa de Ouro de pior diretor, o que leva o Shitchat a se perguntar WTF está errado com este mundo??

Depois disso, Kubrick ainda dirigiu outros dois filmes: Nascido Para Matar (1987) e De Olhos Bem Fechados (1999). Ele se preparava para seu próximo projeto, AI – Inteligência Artificial, quando sofreu um ataque de s2 e morreu, deixando para trás uma carreira foda, 13 deliciosos filmes, nove fãs dentro do Shitchat e um filme inacabado prontinho pra ser cagado por Steven Spielberg.

Então agora o Shitchete começa suas saborosíssimas críticas a todos os filmes do Stanlão. Começaremos pelos três curtas, os quais basicamente ninguém viu e ninguém liga muito. Considerando que nenhum deles é grandes coisa, a gente até entende, mas é legal ver o início da carreira daquele que seria o maior fodão de todos. Chamo ao palco a Shelley Duvall do Shitchat, Tiago Lipka, para me ajudar com pequenos comentários sobre os docs.

The Flying Padre (1951)

theflyingpadre

Tiago Lipka: Sem dúvida, o melhor dos três curtas. Conta uma história simples (até bobinha), mas Kubrick já demonstra um bom domínio da narrativa, e se a parte técnica de seus dois trabalhos anteriores já era interessante, aqui o nível já sobe consideravelmente. Nota: 8.
Felipe Rocha: Apenas OK. O plano final do padre dando tchauzinho para a câmera que se afasta é bem legal e Kubrick faz outras trequinhas que também são legais, mas não me diz muita coisa. Nota: 7,5.

Day of the Fight (1951)

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Tiago Lipka: Demora um tempo considerável até começar a contar a história de vez, e quando chega na história ela é conduzida de uma maneira um pouco estranha. Apesar desse grande “apesar”, é um trabalho interessante, especialmente pela montagem que mistura bem cenas de arquivo com as filmadas por Kubrick (técnica que ele voltaria a usar, com muito mais sucesso, em O Grande Golpe). Nota: 6,5.
Felipe Rocha: Esse sim. Meu favorito dos três. Quase esqueço que é um documentário. Kubrick conduz com perfeição as cenas que antecedem à luta e faz o possível e o impossível para criar um suspense. Nota: 8,5.

The Seafarers (1953)

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Tiago Lipka: Menos um curta e mais um video institucional. Eu aconselharia um novo drinking game: uma dose toda vez que “Seafarers” ou “SIU” fosse dito, mas temo que isso causaria comas alcólicos aos queridos leitores. Porém, vale a pena conferir o senso estético já apurado de Kubrick, especialmente nos movimentos de câmera. Nota: 4.
Felipe Rocha: Primeiro filme colorido do Kubrick (o próximo seria Spartacus sete anos depois), porém bem ruim. Nem sei se dá pra chamar de cinema. Entretanto, tudo vale a pena quando Kubrick faz aquele gozante travelling pela cantina. Até parei de prestar atenção na narração – que, aliás, é uma porcaria, então não perdi muita coisa. Nota: 5.

Stanley-Kubrick2

Agora fica ligadinho aqui no Blog pois nos próximos dois dias teremos uma avalanche de textos para comemorar a existência deste velho do caralho. Obrigado.

ACESSO RÁPIDO:
De Olhos Bem Fechados
Nascido Para Matar
O Iluminado
Barry Lyndon
Laranja Mecânica
2001: Uma Odisséia no Espaço
Dr. Fantástico
Lolita
Spartacus
Glória Feita de Sangue
O Grande Golpe
A Morte Passou por Perto
Medo e Desejo