Lollapalooza 2013 – Parte 7

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PEARL JAM
Era de se esperar que o que ia ter velho correndo pra pegar grade de Pearl Jam não seria brincadeira. A expectativa foi grande, e antes do show começar, já foi lindo ver o espaço da Multishow sendo desmontado porquea banda vetou a exibição do show ao vivo.

Mesmo entrando com a linda Elderly Woman Behind the Counter in A Small Town, todo mundo acordou, seja do intervalo depois de The Hives, ou da maconha de Planet Hemp. Eddie Vedder tem um poder impressionante, tanto que foi destaque no show de Puscifer (bem bom) na única música que foi ver lá no palco.

curtindo bons drinks

curtindo bons drinks

Mas, vou falar aqui uma verdade: é meio impossível Pearl Jam fazer um show ruim, mas por possuir um repertório gigante, é difícil prever o que vai rolar no show de 2 horas e tanto. Ok, sempre vai ter Alive, Black e Even Flow (só que acho que devia ter em todo show o Ten inteiro). Eddie Vedder foi simpaticíssimo com a galera, o mousso veio com cover de Pink Floyd logo no começo do show, e, mesmo com o cansaço de três dias de festival pra maioria e da longa espera dos fãs velhos (o que levou uma galera a passar mal, talvez), tava todo mundo despirocado.

funcionária do Blog despirocada

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Com Corduroy, Got Some, Daughter e Rearviewmirror sendo tocadas, já poderia classificar esse show como perfeito facilmente. Então, quando Jeremy começa, não sei mais como classificar isso. Sr. Vedder arriscou um português pra parabenizar o Brasil no apoio ao casamento guei, o que deixaria ofendida uma pessoa em especial:

#chatiado pq n passou no multishown

#chatiado pq n passou no multishown

Teve momento mulherzinha com a sequência Better Man e Black (incluiria fácil Just Breathe aqui, mas aí eu já estaria morto certamente). Mas Eddie Vedder fez cover de Ramones, e com camiseta do The Who estilosa, emendou um Baba O’Riley em Alive o que deixou uma pessoa do Shitchat enlouquecida. Parabéns Pearl Jam, não precisou de muito pra um show memorável. Volta logo!
(Fael Morenga)

Lollapalooza 2013 – Parte 6

Agora o Blog traz para você, leitor (a) gostoso (a), pequenos textos com nossas impressões dos shows do Deadmau5 e do Planet Hemp, que rolaram na sexta e no domingo, respectivamente.

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UHAUAHUAHAUHAUA ATÉ PARECE!!!!!!!!!

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Você realmente achou que a gente teria saído das grades do The Killers e do Pearl Jam pra ver esses shows ali? UAHUHAUHA, mas nem se nos pagassem, né?

Enfim, obrigada a piada.

Lollapalooza 2013 – Parte 5

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FOALS
Com seu som atmosférico e canções sombrias, imaginava Foals tocando em casa fechada. Ao ar livre, não sabia o que esperar. Para minha surpresa, o vocalista Yannis (aparentemente cheiradíssimo) trouxe uma energia, digamos, ‘transcendente’ para o Jockey Club. Tocando canções de todos seus três bons álbuns, Foals arrebatou o público que esperava ávido pelo Kaiser Chiefs em apresentação elétrica e em momentos até comoventes. Spanish Sahara é música pra lavar a alma e no Lolla foi só fechar os olhos e deixá-la tomar conta, com o vocal assombroso do Yannis e o instrumental poderoso.

feat mão do princezo Rush Rush

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Mas não foi só drama. “My Number” colocou todo mundo para dançar com suas batidas empolgantes e “Blue Blood” provou o porque de ser uma das preferidas dos fãs – com a banda afiadíssima e letras cantadas a todo volume pelo público que conhecia. O clímax veio com “Inhaler”, que uniu o que a banda tem de melhor. Berrar “cause I can’t get enough SPACE!” com Yannis e o Jockey certamente foi um dos momentos mais memoráveis desse Lollapalooza. Taí exemplo de banda pouco conhecida que conseguiu alguns fãs com essa apresentação. Volta, Foals.
(Wallyson Soares)

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KAISER CHIEFS

Uma das frases mais clichês da música é que o rock está morto. Pedantes que concordam com esta opinião provavelmente morreram com o próprio veneno depois do show do Kaiser Chiefs. Tocando no palco Butatã, longe de ser a atração principal, no entanto, os britânicos conseguiram deixar sua marca. A curiosidade pela apresentação do Kaiser Chiefs estava no fato de Nick Hodgson, baterista e responsável pela segunda voz em algumas músicas, ter deixado a banda. Mas foi Ricky Wilson começar o show com Never Miss A Beat que ninguém seria capaz de lembrar que não era a formação original da banda que estava no palco. Falando em português (inclusive, vem dizer ‘citidade’ no meu ouvido, Ricky), se jogando para o público, subindo na estrutura do palco, pedindo para o público fazer uma “ola”, interagindo com o telespectador via câmera, o Kaiser Chiefs não se resume a cantar as músicas, e Ricky Wilson prova ser um ótimo show man (não seria o melhor do dia, pois *suspiros* Pelle Almqvist *suspiros*).

louco do cu <3

louco do cu ❤

O Kaiser Chiefs conseguiu manter o público elétrico pela uma hora que durou o show. Nem mesmo Living Underground, música do próximo album da banda, conseguiu fazer o público parar de pular. Também, não é uma tarefa difícil, considerando que o setlist cobriu hits como Everyday I Love You Less And Less, Ruby, The Angry Mob. E mesmo com toda a empolgação dos integrantes, não percebi falhas nos intrumentos ou vocais. Houve saída de parte do público antes do fim do show para pegar um lugar melhor para os shows no palco principal, mas para azar deles, o Kaiser Cheifs encerrou o show de forma impecável com Oh My God, e deixando a impressão que uma hora e o palco Butatã não ficaram à altura do que a banda poderia oferecer num show solo.
(Marcelle Machado)

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THE HIVES

O domingo foi basicamente achar uma sombra na grade do Cidade Jardim e sentar a bunda lá, mendigando água pras moças da organização. Antes de começar The Hives, estava tudo tranquilíssimo, inclusive dava pra tirar uns cochilos nos intervalos enquanto rolava Foals e Kaiser Chiefs lá no Butantã (ridículas as atitudes de quem fez essa grade).

Depois de Puscifer, o pessoal começou a se juntar e a maioria se perguntava “Que banda é essa???” e eu só na minha com cara de ESCUTA AQUI QUERIDINHA! Se você leitor está fazendo a mesma pergunta, pode ir se retirando do blog. Mentira, fica, você é lindo. Hives é uma banda maneiríssima com cinco discos de respeito incluindo The Black and White Album (numa referência aos Beatles talvez?) e o novíssimo e perfeitão Lex Hives. Você deve conhecer The Hives, só não sabe disso. Quer ver? Hate to Say I Told You So e Tick Tick Boom são duas músicas que TODO MUNDO conhece, né possível.

Mas, vamos falar do show. O cara com uma cara insana já ilustrava o palco e já trazia uma prévia do que viria de lá. Mesmo tendo gente que estava ali só esperando Pearl Jam, a banda sueca já entrou chutando bundas com Come On! Uma faixa de entrada perfeita pra um show. Vestidos de mágico (?), todos os integrantes esbanjavam carisma, e claramente estavam se divertindo muito. “Batam palmas, São Paulo”, “Everybody pulem”, dizia Pelle Almqvist e todo mundo pulou mesmo quando veio Take Back the Toys, inclusive o próprio Pelle, que ficava loucamente entre o palco e os corredores próximo ao pessoal, indo e vindo várias vezes, subindo nas caixas de som, na bateria e o fio do microfone sempre trollando etc.

A setlist foi curta, com apenas duas faixas do The Black & White Album. Ok, o spotlight era do Lex Hives, então perdoados. A banda passou um bom tempo interagindo com o público, nunca o cansando. Foi escroto das pessoas da frente não sentarem quando Pelle pediu, já no final. Mas tava todo mundo curtindo mesmo. The Hives fez um show fechadinho, alcançando o ápice em Tick Tick Boom, quando Pelle congelou no final (wtf!). Verdade é que The Hives causou uma impressão boa depois de um tempo longe do Brasil e dos estúdios (cinco anos separam seus dois últimos álbuns). Todo mundo ficou querendo mais e para certa funcionária que passou um mês inteiro ouvindo Patrolling Days pra cantar loucamente com eles, foi uma sacanagem sem tamanho não tocarem justamente essa. Mas esse show estará pra sempre no coure do Shitchat.
(Fael Morenga)

Lollapalooza 2013 – Parte 4

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QUEENS OF THE STONE AGE
O engraçado sobre o Queens of the Stone Age é que eles são muito melhores ao vivo do que em estúdio. Só que em estúdio eles já são bons pra caralho. Então calcula aí a expectativa que estava rolando no Jockey naquele sábado. Vou confessar que eu quase (quase!) não fui ver o Alabama Shakes pra garantir um lugar maravilhoso na grade do QOTSA, mas no fim até que valeu a pena etc pois Brittany Howard é foda, mas isso é papo pra outro texto. Agora vamos falar do melhor show do Lolla.

Meus medos naquele final de semana eram, na ordem: a) perder o ingresso; b) o QOTSA não tocar The Lost Art of Keeping a Secret; c) ser assaltado/estuprado/morto em São Paulo. Não só nada disso aconteceu como Lost Art foi a primeira música do show, e eu fiquei assim:


[Nota do Blog: para uma imagem mais honesta, clique aqui]

Josh Homme seguiu com No One Knows e pronto: foram minhas duas músicas favoritas e, em circunstâncias normais, eu já estaria morto. Mas num show do QOTSA a gente se segura e aguenta firme em favor das delícias que viriam a seguir (incluindo uma inédita, My God Is the Sun, que já tem versão de estúdio lançada). Um caralhão de hit seguiu e o show terminou com Songs for the Deaf e uma rodinha DIVINA com a participação da galera do Blog. Melhor show. Podia ter acabado ali.
(Felipe orrorRocha)

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THE BLACK KEYS

Era fim da apresentação maravilhousa da banda QOTSA, com muita agitação e roda punk (por que não também num festival hipster?). Estávamos acabados, cansados, arrazados, com fome, sede, sem ar, calor, e vontade de se mijar nas pernas, MAAAAAS firmes na causa de manter um lugar bom para ver a última banda da noite de sábado e uma das mais esperadas: THE BLACK KEYS!!

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O tweet mais awesome do festival.

Antes da apresentação, tivemos a surpresa da Heinekken (bocejo), que tirou quase 15 minutos da QOTSA pra fazer uma baladinha e acender os digivices que eles nos deram. Mega AF pra essa Raínequen. Cerveja free, que é bom, nada… Enfim, vamos ao que interessa. The black Keys era um dos shows mais esperados. Dan Auerbach e Patrick Camey, ao subirem ao palco, causaram animação à platéia, que já gritava CHAVES PRETAS, CHAVES PRETAS, CHAVES PRETAS, mas em inglês.

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Chegamos no galinheiro, gactas. Parem de gritar.

O show inicia com a música Howlin’ for you, cantada e pulada pela multidão. Em seguida, alternando entre sucessos do álbum Brothers e El Camino, continuaram com Next Girl, Run Right Back, Dead And Gone, Money Maker, Sinister Kid… Até músicas de álbuns mais antigos, como Thickfreakness. Entretanto, a comoção foi maior ao cantar Little Black Submarines, com uma admirável interpretação do Dan, mesclando entre o momento de balada da canção e os arranjos mais “pesados” da mesma com a sua guitarra, e com a platéia acompanhando em alto e bom tom.

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“liro blequi sumarines, rysos”

Pessoalmente, curti o show inteiro, mas senti falta de músicas como Sister e Unknow Brother. Desculpe, Dan, mas odiei a versão que fez pra Sinister Kid. Talvez a minha implicância por querer acompanhar a música e você não deixar, mas, assim, perdoada.

Por fim, a apresentação das Chaves pretas não foi considerada, num ponto de vista pessoal, como um dos melhores shows do festival. Esperava mais. Por outro lado, apesar da expectativa não ter sido contemplada ple-na-men-te, a banda fez com que a noite valesse a pena, fechando a programação de sábado com chaves pretas (tum-dum-tss!).
(Alexandre Cocoon Alves)

Lollapalooza 2013 – Parte 3

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GARY CLARK JR

Era um lindo sol de sábado… digo: malígno sol de sábado e estávamos no show de Toro y Moi, arriados no chão, faltando apenas a trilha Vida de gado pra completar o sofrimento que foi a consequência de encontrar um lugar ao sol (af) para os shows daquele dia. Mas foi #maça.

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AcabadazzzzzzZzZZzz

Entretanto, o fogo no furico era pra Alabama Shakes e Toro y Moi estava no início de sua apresentação e, logo mais, iríamos pegar o show de Two Doors Of Cinema Club. O nosso plano coletivo, exceto o do agregado Luciano e Wally que queriam ver as caras e bocas dos integrantes do QOTSA, era sair 15 minutos antes do encerramento do show da Two Door e ir correndo até o palco alternativo para alcançar a grade do Alabama (mas isso é uma história de amor que o Chá de beterraba irá contar, #serálindo). Mas eis que, de última hora, uma mudança de planos foi arquitetada pelo agregado Iradilson: “Vamos sair dessa bagaça, não conheço muito Two Door e vamos logo pro palco alternativo aguardar Alabama”. E foi.

Dito e feito: chegando lá, Gary Clark apresentava em sua segunda música. SORTE!! A miseria de tudo foi que havia esquecido da apresentação de Gary Clark e iria perder aquela maravilha de show daquela tarde. Chegamos com ele cantando Please Come Here, e o público foi à loucura (alucicrazy) com os arranjos do blues.

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Foto: Fernando Galassi / Monkeybuzz (Obrigada).

O público: ótimo. Devido ao show da Two Door e ao fato do público mais jovem do festival desconhecer ou, quem sabe, não curtir, digamos que Gary Clark ficou no esquecimento por um tempo. Os que se concentraram no palco alternativo passaram pela experiência dos melhores solos de guitarra que foram emitidos em três dias do evento.

Lama? Muita!!!! E fedor de esterco?!!! DEMÁS!! Mas todos abstrairam isso ao ouvir, gritar e acompanhar os clássicos desse Jr, como por exemplo, Third Stone From The Sun, Numb, Ain’t Messin Round, entre outras. Rolou cover de Rolling Stones com Satisfaction e seu show encerra com a linda Bright Lights, do trabalho recente do cantor.

Reza a lenda que Gary Clark Jr tem um feriado em sua cidade natal em sua homenagem. Reza a lenda também que ele é apelidado de Salvador do blues. Por “coincidência”, tanto ele quanto a Black Keys possuem uma veia voltada ao blues e compuseram a programação de sábado. A única coisa que posso dizer é: Gary, seu show foi massa e volte mais vezes. Obrigada.

(Alexandre Cocoon Alves)

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ALABAMA SHAKES

Primeiramente, preciso avisar que este texto poderá ser o mais pau no cu da história do ShitChat, pois foram muitas emoções e delícias que, sinceramente, será impossível eu passar num texto, porém vambora.

Antes, preciso explicar uma coisinha. Eu não iria no Lollapalooza por motivos financeiros mas faço parte de uma comunidade satânica que resolveu fazer uma vaquinha pra pagar minha passagem+ingresso+estadia, ou seja.

amo vocs glr, de verdade

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Cheguei ao Lolla depois de quase me cagar com o avião, assisti ao show de uma zumbi que tem músicas bacanas, o show xereca do Toro y Moi, e ia começar Two Door Cinema Club quando resolvi andar porque estava esperando Alabama Shakes. Me perdi de todos, e tava lá tocando um tal de Gary Clark Jr, (que é muito bacana por sinal), quando vi @marcellemml, @IradilsonCosta e @AlexandrreAlves perto da grade [Nota do Blog: as gatas inclusive podem ser vistas aqui], apenas esperando Alabamas e eu fiquei tipo:

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Aí que fiquei na grade, e preciso dizer, Alabama Shakes é uma banda maravilhosa, só que é sempre ótimo lembrar que it´s all about Brittany Howard, uma mulher singular. Uma mulher não, meio que uma entidade de tão poderosa que é.

Brittany entrou no palco e o mundo gritou. Quase passei mal de tão enlouquecida que fiquei, o show começando com Hang Loose e logo em seguida, Hold On, e fiquei meio que pensando “calmaí Brittinha porque você cantou o hit da banda logo de 2° vez?”. Na verdade, não era uma pergunta justa porque eu realmente não sabia o que me esperava. Com I Found You, quase derreti, mas ainda não era o auge do Alabama Shakes. Aí que Brittany me vem com Heartbreaker e pensei “meu amor, se acalma porque não aguento”.

Foi então que Brittany começou a cantar Be Mine.

vocs tão fodido comigo

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Aí o nível aumentou. Brittany elevou os vocais, pesou na mão e começou a me arrepiar fortemente, e com a letra forte Be Mine, fez de vez o público se entregar completamente ao Alabama Shakes. Aí eu pensei “pode acabar porque eu to satisfeito”, mas ela não deixa os ponto sem nó. Logo em seguida, veio I Ain´t the Same e estava devastado, mas estava lá de pé e maravilhado, tinha vezes que eu simplesmente parava e olhava aquilo que tava acontecendo em minha frente, Brittany Howard, Zac Cockrell, Heath Frogg e Steve Johnson estavam a menos de 10 metros a minha frente, porém move on, aquilo tinha que acabar e não tinha como ser melhor que Be Mine.

Mas eles começam a tocar On Your Way. Pra quem não sabe, esta canção é minha música favorita da banda. Ouvi de longe @faelmoreira dizer “é agora que Chá morre” (no caso eu), e sim, quase morri, mas ainda não era o grande auge do show.

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Depois de On Your Way, Alabama anuncia uma nova canção que se chama Heavy Chevy, maravilhosíssima, mas isso não quer dizer nada. Brittany finalmente chegou em You Ain´t Alone, aí Alabama Shakes virou uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos (sério). Primeira banda que curto que assisti ao vivo e um grande festival, Brittany Howard se firmou como um dos seres mais poderosos em um palco que eu já presenciei (e eu já vi show da Valesca da Gaiola), absolutamente intocável e ouvi o Fuck That! mais estremecedor da história da humanidade. Enfim, Brittany Howard é uma voz e tanto.

Alabama Shakes foi o melhor show que eu já assisti em toda minha vida, com a melhor companhia que eu jamais poderei ter, galerinha bonita que sou tão grato que sinceramente não sei como agradecer por me permitirem assistir algo tão absoluto quando o show do Alabama Shakes e, novamente, acima de tudo,obrigado ShitChat
(Leandro Ferreira)

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TWO DOOR CINEMA CLUB

Enquanto certas quengas foram pra grade do Alabama Shakes (que perdi, af), garanti um lugar especial e pertinho pra conferir o que os moços da bacana Two Door Cinema Club fariam (só o título dessa banda já merece um abraço, né?). Com a bagagem de dois álbuns sólidos – inclusive o primeiro já garante uma hora de hits ao vivo –, a banda indie não fez feio. Animados e vestidos à caráter pro Lollapalooza (ou seja, à moda hipster), sorriam com a empolgação do público e entregavam empolgantes números cheios de energia. Impossível não cantar as letras deliciosas, seja a repetição crocante de “do you want it, do you want it, do you want it, all?!” ou a melancólica “and I can tell just what you want, you don’t want to be alone”.

Mesclando músicas novas (dispensáveis como “Handshake” e outras maravilhosas como “Pyramid”) com velhos hits, foi um bom set de 15 canções, todas apropriadamente animadas. Vamos desculpar a ausência da antalógica “Come Back Home” do set. Two Door Cinema Club é do clube das canções agitadas nas batidas mas incrivelmente melancólicas. É o ideal para movimentar uma tarde ensolarada do Jockey Club. O desafio era não pular, principalmente nos últimos números. “Someday” foi o ápice do show, com riffs de guitarra deliciosos. Mas foi “What You Know” que levantou todo mundo, fechando a apresentação com aquele gostinho de quero mais – o mesmo deixado pelos discos da banda.
(Wallyson Soares)

Lollapalooza 2013 – Parte 2

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THE KILLERS

Não posso negar: a sexta do Lolla ERA do The Killers. Não havia nenhuma outra banda que me fizesse esperar ansiosamente para vê-la no dia – por mais que eu tenha perdido o show de Of Monsters And Men </3 – e eu não arredei o pé do palco principal o dia inteiro só para não perder o melhor lugar – que de qualquer forma foi perdido para um grupo de quengas que irritou os funcionários desse blog -. Tive que aguentar um cara estragando a crocantíssima Pitty no show do Agridoce (sério, preferia mil vezes essa gata cantando seus hits sozinha); o show do The Temper Trap, que só serviu pra causar um certo rancor nos funcionários quando um deles *euzinho* relembrou o MARAVILHOSO 500 Dias Com Ela (e quem não gosta é recalcado) quando rolou a musiquinha e o outro funcionário *o horroroso Felip* fez cara de nojo; e, finalizando o dia, o show do The Flaming Lips no maior estilo “não entendi caralhos algum porém não achei tão horroroso quanto as gatas do Twitter”.

are we human or are we af

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Daí que o dia terminou sem grandes emoções, nada de tumultos e nenhum show realmente animador, tipo o número de visitas no blog quando não tem post novo. Mas quando Brandon Flowers pisou naquele palco e já mandou um Mr. Brightside e aquela porra veio abaixo, eu tive meus cinco segundos de pensar “O QUE CARALHOS ESTOU FAZENDO AQUI???” que passaram logo e apenas morri com essa maravilhosa música. E o que o viado fez? Sim, já emenda com Spaceman (que por sinal você pode observar os funcionários do blog louquíssimos do cu ao 3:54 nesse vídeo). E daí o setlist vai seguindo de forma linda, intercalado por umas três musicas do CD novo horroroso, mas pelo menos eles souberam escolhe-las: ❤ the Way It Was, Miss Atomic Bomb, que nem é tão legal mas teve umas explosões no palco e eu amei só por isso, e Runaways, que é o tipo de música que esse puto deveria usar pra começar um show. Aí teve umas que quem vos fala quase rasgou o cu de tanta emoção (Read My Mind e A Dustland Fairytale, estou olhando pra vocês) e umas que eu quase saí rodando em círculos de tão fodas. E acho que o melhor momento desse show foi All These Things That I’ve Done. Se você estava lá e não ficou rouco gritando que tinha alma, mas não era um soldado, eu apenas acho que você deveria ter pedido seu dinheiro de volta.

E o encore foi bem perfeitinho, finalizando um show épico evisualmente lindo. Teve canções que todo mundo conhecia e finalizou com When You Were Young. Parabéns, Brandon Flowers. E AGORA VAI CUIDAR DA CARALHA DESSA GARGANTA E PARA DE CANCELAR SHOWS (e assustar os fãs).
(Ralzinho Carvalho)

Lollapalooza 2013 – Parte 1

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OF MONSTERS AND MEN

Of Monsters and Men foi a primeira banda que realmente esperava ver no Lollapalooza, e a banda correspondeu totalmente às minhas expectativas. É fácil gostar do som dos islandeses – suas músicas cheias de “la la la” e “hey, hey” aproximam o público -, mas tinha dúvidas se o som mais íntimo da banda funcionaria num espaço aberto. As dúvidas desapareceram nos primeiros instantes do show, iniciado por Dirty Paws, a mesma faixa que abre o disco de estréia do grupo, My Head Is An Animal. A banda parecia que tinha suas dúvidas também, pois o sexteto ficou evidentemente emocionado com a acolhida do público, que cantava junto – não apenas os la la las – , e batia palmas.

Nem a chuva que de ameaça virou certeza esfriou o show. Pelo contrário, ela trouxe momentos de interação como quando a vocalista Nanna Bryndís Hilmarsdóttir comentou que preferia chuva ao sol. E intercalando músicas mais agitadas como Mountain Sound entre as mais calmas, como Your Bones, Of Monsters and Men segurou o público até o encerramento com Yellow Light, e agradecimentos efusivos ao público.
(Marcelle Machado)

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THE TEMPER TRAP

Para as gatas que não estavam no Palco Cidade Jardim, mas sim molhadíssimas no Butantã com chuvas e lágrimas do show maravilhouso de Of Monsters and Men, pegar o início desse shom do The Temper Trap foi um perrengue. Mas após afundar os calçados múltiplas vezes em merda de cavalo, conseguimos chegar ainda na primeira música para nos deliciar com essa bandinha indie promissora. Com apresentação curta de apenas dez músicas, os australianos conseguiram deixar uma impressão mais do que válida. Apesar do setlist faltar certo polimento (arrumaria espaço para “Love Lost” e “Dreams”), merecem todo o amor do mundo por terem tocado “Soldier On”, uma favorita minha.

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Apesar de ter demorado um pouco para se soltar, a banda logo caiu nas graças do público brasileiro sempre receptivo, e o vocalista Dougy Mandagi logo estava se jogando no público e rebolando para nossa alegria. Alias, que vocalista! Seu alcance ao vivo ultrapassa o que ouvimos nos álbuns e seus falsettos dominaram o Jockey Club (“Rabbit Hole” sendo o melhor exemplo). E já que estamos falando do vocalista, para as piranhas do público que chamaram ele de “hispânico chinês negro”, Dougy é da Indonésia, beijos. Então após berrar letras maravilhosas e cantar em uníssono com banda afiadíssima (“Drum Song” taí pra isso), Temper Trap fecha a apresentação com “Sweet Disposition”, garantindo o amor das fãs e conquistando mais alguns sujos de estrume do Jockey.
(Wallyson Soares)

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THE FLAMING LIPS

Cultuada por suas apresentações bombásticas, Os Lábios Flamejantes era uma das principais atrações do Lollapalooza para euzinho. Estava honestamente morrendo de curiosidade para ver a banda de álbuns maravilhosos como Yoshimi Battles the Pink Robots, The Soft Bulletin e At War With the Mystics ao vivo. Antes do show, o vocalista Wayne Coyne já estava desfilando no palco em preparação. Cheio de bizarrices, a arrumação do Palco Cidade Jardim prometia uma apresentação no mínimo curiosa. Eis que Flaming Lips surge em cena de um filme futurista (com direito a bebê no colo do Wayne) e hipnotiza o Jockey.

Já começando errado ao tocar sete músicas seguidas do novo álbum duvidoso, Flaming Lips prova ser exatamente o que era antes de ganhar sucesso: uma banda de rock progressivo extremamente experimental. O som ensurecedor e o vocal agressivo chamavam atenção de tal forma que era impossível desviar a atenção do que acontecia no palco – mas, ao mesmo tempo, desafiava a paciência e até mesmo o desejo por um show mais upbeat e agradável. O que começou a ganhar forma quando a banda encerrou o show com algumas canções do que deve ser seu melhor álbum – Yoshimi Battles the Pink Robots.

No meio tempo, Wayne parava a apresentação para falar asneiras – inclusive várias vezes mencionando os aviões que sobrevoavam o Jockey Club, em certo momento criando hipótese do mesmo cair no festival e matar todo mundo. Era mais do que claro que Wayne, como sua canção do Yoshimi, estava “ego tripping at the gates of hell”. Nada melhor para explicar um show estranho, bizarro e inconclusivo. Não ruim por ser bem o que Flaming Lips em sua natureza sempre foi, mas decepcionante por ter tido chances de ser outra coisa. Nem a arrasadora “Do You Realize??” levantou a platéia apática.
(Wallyson Soares)