Cinzas e Sangue

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(Cendres et Sang, 2009 – Dir. Fanny Ardant)

Um homem e três crianças estão à beira mar, curtindo – digamos – uma tarde, empinando pipa e etc, e, de repente, ele é surpreendido por um carro que o persegue. Amedrontado, pede para que as crianças fujam (seriam seus filhos?), mas são cercados por alguns caras. O cara é alvejado, morto em seguida. As crianças presenciam a morte daquele que seria o pai, e o vermelho forte do sangue entra em contraste com a tonalidade cinza da cena. Esta imagem, que dá forma física ao título do filme, é a ponta solta pra desenrolar a história (ao menos era essa a proposta).

Longe do que é esperado, não é a história dessas crianças, que ao presenciar a morte do pai crescem com sede de vingança, e se tornam jovens arquitetores da morte dos assassinos a grande temática do filme. Cinzas e Sangue é a inauguração de Fanny Ardant como diretora, e inclusive parou no Festival de Cannes de 2009.

“NOOOOOSSA, MAIS UM FILME SOBRE VINGANÇA, NOOOOOOOSSA ESSE POVO GOSTA DE UM FILME DE VENDETTA NOOORRRSSAA…” É um filme sobre vingança? Sim, mas esta é  incorporada na história de vida das famílias tradicionais que o filme, com o decorrer de seu desenvolvimento, apresenta. Narra a história do que restou da família de Valdo após seu assassinato: a viúva Judith, e os seus filhos, atualmente jovens. Para poupar os filhos da sua própria família e da tradição da mesma, Judith se muda com seus filhos para bem longe da corja. Tudo estava numa boa, até que eles são convidados para o casamento de seu sobrinho. Depois de muito “Não vou, não vou, ai não vou”, ela diz:

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VAMOORRRSS

A ida deles para o país natal faz com que os filhos de Judith conheçam suas raízes, assim como os segredos que as famílias escondem. E a presença deles despertam aquelas picuinhas típicas de famílias poderousas e rivais. Ao chegarem, são recepcionados pela estação por um de seus parentes, que recusa o beijo de cumprimento da Judith; no meio da estrada, os filhos da viúva, junto com o tio que acabara de conhecer, tem contato com membros de uma família rival; ao chegarem à mansão são friamente recebidos pela avó… af, um povo muito sem amor no cuore.

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Retire o que disse, sua lambisgoia!

O que se torna presente no filme é a justificativa da festa de casamento para despertar algumas mágoas e intrigas que cercam três famílias, assim como a proteção de uma mãe que não dá certo. Entretanto, o que era para ser um filme bem estruturado dentro do tema, e o que parecia ser diferente de outras produções sobre a mesma temática pois, pior que ser morto por vingança é conviver em torno daqueles que são declarados seus inimigos e estão à espreita esperando por um pouquinho assim pra atacar. Porém, a diretora peca em muito ao não dominar o roteiro e fazer do mesmo um novelão, muitas vezes sem sentido. O filme possui grandes qualidades no que se refere à estética (locações e fotografias awesomes!), mas no que se trata dos segredos revelados, que eram pra ser importantes, e alem disso, os personagens são tão mal explorados, que parecia estar assistindo a qualquer novela de época da G… do SBT.

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Larguei as dorgas, agora sou uma Stark rs

Fanny Ardant estréia como diretora produzindo este filme e, como todo pequeno gafanhoto, tem muito caminho para #trilhar. Quero falar mais não.

NOTA ALEXANDRE ALVES: 5,0

Média Claire Danes: … Hum, ta.

claire

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