Os 20 Melhores Filmes de 2013

Segue anexo o Top 20 (sim, 20 mesmo, foda-se) de filmes lançados no Brasil no ano 2013. No geral, o Blog considera que está uma lista satisfatória, apesar de umas posições meio erradas. Se você discorda de alguma coisa, fique sabendo que o Blog ele está pronto para ouvir suas reclamações. Mentira. O Blog está cagando. Taí a lista:

20. Os Suspeitos

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Do mesmo diretor de Incêndios (filme favorito de Chá de Beterraba, vulgo Leandro Ferreira), Os Suspeitos é um suspense adulto e surpreendente. Não porque é cheio de reviravoltas (embora elas estejam lá), mas principalmente pelo roteiro bem construído. Hugh Jackman tem sido o destaque na maioria dos textos, porém perdão – o filme é de Jake Gyllenhaal, que certamente está de parabey. (Tiago Lipka)

19. Depois de Lúcia

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Depois de Lúcia do diretor Michel Franco (o Haneke do México kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk) é uma puta porrada no teu estômago. A gatinha se muda com seu pai e resolve dar a prexeca e filmar e quando os coleguinhas do colégio descobrem é aquele inferno. Humilhada de todas e das piores formas possíveis, testemunhamos tal jornada degradante de Alejandra até o seu desfecho, que pra alguns soa inverossímil e outros acham justos e sincero. A verdade é que é um filme pra levar no cuore e ver só uma vez porque tem que ter cu. (Leandro Ferreira)

18. Capitão Philips

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De primeira pode até dar preguiça: um navio americano é sequestrado por piratas da Somália e Tom Hanks precisa salvar a tripulação e o navio e zzzzzzz. Justo você pensar isso. Pena que esse é um filme do Paul Greengrass, então mais fácil a Carla Perez aparecer salvando criancinhas e passarinhos no sertão baiano do que acontecer algo zzzzzzzzz. Greengrass faz diversos paralelos entre o Capitão Richard Phillips e o piratinha-líder, transformando o que seria aquela descrição preguiçosa que mencionei em um treco grandioso. Fora isso, o ato final é do caralho OMG!!! (Felipe Rocha)

17. Amor Bandido

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Só por ser um filme no qual a Reese Witherspoon não está irritante e a gente não passa o tempo inteiro querendo que a personagem dela morra, Amor Bandido já merece palmas. O filme, no entanto, mistura elementos de suspense, drama, romance, daddy issues e, alavancado pela performance do Matthew McConaughey (esse é o mesmo maluco que fez Amistad e Como Perder um Homem em 10 Dias? Pois não creio), Amor Bandido é o filme que coloca de vez o nome do Jeff Nichols na listinha de diretores obrigatórios. E agora a Record vai ter que trocar o nome da sua próxima novela pra não parecer cópia, né? (Felipe Rocha)

16. Sete Psicopatas e um Shih Tzu

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É engraçado que um filme que só existe por causa da influência de Pulp Fiction seja exatamente o que se espera de um filme do Tarantino e desde o próprio Pulp Fiction o cara não consegue entregar. Metalinguístico, desenvolvimento de personagens, não-linearidade da narrativa, diálogos inteligentes e – principalmente – ritmo decente são as principais características de Sete Psicopatas. O Shih Tzu eu não sei o que faz no título. (Felipe Rocha)

15. Tabu

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Foi na segunda parte de Tabu que o filme me conquistou de verdade. Não havia nenhum diálogo. Apenas o narrador, os demais sons e a música, se unindo para contar a história do casal, que consegue se resumir perfeitamente em “Be My Baby” e a tragédia acaba virando um troço  realmente lindo. (Rafael Moreira)

14. A Caça

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(Leia aqui a crítica)

“Fofoca é uma coisa muito feia”, disse a tia Carmen da primeira série quando pegou você espalhando pra turma inteira que a Renatinha dormia na casa do cachorro porque a cama dela foi levada pela enchente. Pois A Caça, do Vintemborga, é o que tia Carmen devia ter te mostrado pra tu pensar que as merdas que você fala têm consequências. E o mais importante sobre o filme é que o Vint não se limita a seguir somente o Mads Mikkelsen, acusado injustamente de pedofilia por uma criança desgraçada. À nós é possível acompanhar a difícil ~jornada pela qual passam também os pais da menina, a família do Mads e, quando você percebe, você também tá mais arrasada com os acontecimentos do que quando o Trakinas anunciou que ia mudar a fórmula e enfiar farinha integral nela 😦 (Felipe Rocha)

13. Além das Montanhas

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(Leia aqui a crítica)

Além das Montanhas foi uma filha da puta escrota que acabou comigo mais do que qualquer comentário sobre meu estado emocional ou aparência. Só aos poucos você vai sacando porque é tão forte a relação das duas, porque nenhuma consegue abandonar a vida atual e nem abandonar uma à outra depois de se reencontrarem. E o final… porra, o final 😥 (Rafael Moreira)

12. Killer Joe – Assassino de Aluguel

killerjoe

(Leia aqui a crítica)

Gracinha de filme. Um thriller cuja burrice dos envolvidos é fundamental para a trama – afinal ela é proporcional a falta de caráter, excesso de tesão e ambição de todos ali. Matthew McConaughey FINALMENTE diz a que veio nesse mundo, enquanto William Friedkin segue firme depois do renascimento com o também excelente Bug. (Tiago Lipka)

11. Dentro da Casa

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(Leia aqui a crítica)

Dentro da Casa trata de um assunto delicado mas com humor sutil nos diálogos, deixando o clima menos pesado. O aluno que começa a escrever redações sobre a família do colega de classe a partir de suas visitas à casa passa a ser interesse do professor que incentiva-o: é o início de uma relação de troca simbiótica entre os dois, que se desenvolve por todo o filme. A estrutura narrativa utilizada por François Ozon garante que o espectador vai ficar parado na frente da tela até o filme acabar, mesmo que precise desesperadamente sair para mijar.

10. Antes da Meia-Noite

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Saindo totalmente do óbvio, Richard Linklater aqui faz uma desconstrução do que havíamos visto nos filmes anteriores e nos entrega uma pequena obra-prima extremamente agridoce: ao mesmo tempo em que nós estamos felizes ao rever o casal, nos sentimos desconfortáveis ao vislumbrar o futuro totalmente diferente do que imaginávamos. Em Antes da Meia-Noite reside uma beleza que raramente vemos em outros casais do cinema: a possibilidade de um amor superar o desgaste emocional sem perder o encanto. (Ralzinho Carvalho)

9. Upstream Color

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Shane Carruth deixou meio mundo confuso com Primer. Quase dez anos depois, a gente tá começando a entender aquele filme, ele lançou um novo que é bem mais fácil de entender, mas que ao mesmo tempo é infinitamente mais complexo em sua temática. Mas ~entender não é o importante. Em comum com um certo David Lynch, Carruth tem o dom de criar verdadeiras experiências. (Tiago Lipka)

8. Amor

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(Leia aqui a crítica)

Conhecido pelos seus filmes de temáticas pesadas e sempre explorando as relações humanas, Michael Haneke dessa vez nos joga a uma realidade retratada da forma mais dura, pessimista e extremamente honesta acerca da velhice. Amor começa como numa espécie de continuação: o ponto de partida é exatamente o fim, o pós final feliz. O filme às vezes soa como uma antítese do próprio título – não que em nenhum momento seja mostrado ódio –, mas é difícil assistir o filme sem uma sensação amarga diante de uma situação tão perturbadora. Seu maior trunfo, porém, é não precisar de nenhuma declaração apaixonada e cenas melosas para mostrar o sentimento daqueles personagens no momento mais difícil de suas vidas.
(Ralzinho Carvalho)

7. A Hora Mais Escura

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(Leia aqui a crítica)

Fato: Kathryn Bigelow tem mais colhões do que todos os homens desse blog juntos. E isso reflete em todas as escolhas feitas para A Hora mais Escura. Desde a escolha da atriz, a perfumadíssima Jessica Chastain (uma mulher liderando a caça ao terrorista mais procurado do mundo, agradecemos às lutas feministas que nos livraram de ver a cara do Tom Cruise ou outro random qualquer), passando por elementos como direção e roteiro, que seriam um episódio de Scandal nas mãos erradas. Entretanto, Bigelow e o roteirista Mark Boal entregam-nos esta obra-prima. Fora isso, a parte técnica e o clímax são irretocáveis, a cena final é devastadora e há boatos que eu tô chorando até agora. (Ralzinho Carvalho)

6. Heróis de Ressaca

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Edgar Wright, Simon Pegg e Nick Frost finalmente fecham a trilogia Cornetto – que começou em Todo Mundo Quase Morto e continuou com Chumbo Grosso – e, de quebra, fazem o melhor dos três. O que não é pouco. The World’s End (o Blog se recusa a escrever o título brasileiro de novo) é uma obra-prima da comédia e vale fazer um destaque: o mundo costuma esquecer das atuações em comédia, o que é uma besteira, como prova aqui Simon Pegg – que merecia ser indicado em toda e qualquer premiação pelo seu trabalho absolutamente perfeito. (Tiago Lipka)

5. O Lugar Onde Tudo Termina

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(Leia aqui a crítica)

Para alguns, passou batido, para outros, foi fonte pra virar hater. Ainda vai ser lembrado como o grande injustiçado de 2013. Filme de narrativa ousada e surpreendente, e trazendo nada mais nada menos que Ryan Gosling, Eva Mendes e Bradley Cooper em seus melhores trabalhos. (Tiago Lipka)

4. O Som ao Redor

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(Leia aqui a crítica)

O filme nacional que mais repercutiu lá fora (e que mais repercutiu o Blog) é um retrato de uma classe média presa pelos seus medos, preconceitos, tradições culturais e segregação de classes. O Som ao Redor pode até parecer uma caricatura nos primeiros minutos, até se revelar uma cópia fiel de uma sociedade onde a maior preocupação é a sua Veja fora do plástico (melhor quote). A cena da reunião de condomínio é uma das sacadas mais acertadas por Kleber Mendonça Filho.

3. O Mestre

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(Leia aqui a crítica)

O departamento de marketing otário vendeu como ~filme sobre cientologia~. Não deu certo, e também não era verdade. O Mestre é um estudo de personagens, e sobre a relação mestre-seguidor – porque uns precisam serem seguidos, e outros precisam seguir alguém, e até que ponto isso pode ser um treco meio doente. Phillip Seymour Hoffman e Joaquin Phoenix fizeram o casal mais fofo do ano. (Tiago Lipka)

2. Gravidade

gravidade

Não é só que Gravidade é visualmente uma das melhores coisas feitas no cinema desde, sei lá, sempre. Mais do que isso, é um filme sobre pessoas. No caso, pessoa. No caso, a Sandra Bullock. É uma metáfora atrás da outra e se você perde tempo ~analisando a verossimilhança do negócio~, pode deixar passar. E isso é um crime.

OBS.: referências a “2001 – Uma Odisseia no Espaço” aparecendo mais que Mulher-fruta perto de ~repórter~ do Ego. (Felipe Rocha)

1. Azul é a Cor Mais Quente

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Vocês lembram da Maratona Caney aqui no blog, né? Não? Af. Enfim. Foi ali que conheci o trabalho de Abdellatif Kechiche com seu Venus Negra. Azul é a Cor Mais Quente consegue ser ainda mais pesado por ser tão verdadeiro com você; e aqueles que dizem que as cenas extensas de sexo são manipulativas estão tão enganados ou inventando defeitos. Mano, impossível não se ver em alguma hora da sua vida em pelo menos uma das cenas entre Adèle e Emma. A atração, a entrega, a convivência, a insegurança, a separação, o reencontro e a despedida em cenas que te dão um chute na cara, mas que você se levanta, com dificuldade, ou pelo menos tenta e segue em frente. (Rafael Moreira)

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QUASE entraram nesse top 20:

  • Ferrugem e Osso
  • É o Fim
  • Elena
  • Evil Dead – A Morte do Demônio
  • Reality – A Grande Ilusão

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E toma aí as listas dos 20 (ou 25, ou 19, depende de qual você clicar) filmes favoritos do ano de cada um dos cornos daqui. Brigada.
Alexandre | Felipe | Leandro Chá | Rafael | Ralzinho | Tiago

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OBS: O Blog está ciente de que Upstream Color não estreou no Brasil em 2013 e, portanto, seria inelegível. Todavia, foi levado em consideração o fato de que Primer, filme anterior do Shane Carruth, é de 2004 (DOIS. MIL. E. QUATRO.) e até hoje não chegou aqui, então abrimos uma exceção pois vai tomar no cu essa porra.

As 10 Melhores Séries de 2013

Olá, leitorxs. Esta aqui é a nossa listinha de melhores seriados exibidos durante o ano 2013. Foi compilada após muita deliberação e discussão e porrada. Inclusive certo otário que votou em The Walking Dead e Homeland seu paradeiro é desconhecido até hoje. Que pena.

10. House of Cards

houseofcards

Veio cheio de expectativa – afinal, primeira série original da Netflix, cheio de gente bacanuda e já rompendo a quarta parede desde os trailers. A ousadia se pagou bem e o visual impressionante, o texto esperto e as atuações inspiradas fizeram de House of Cards um dos destaques do ano. (Tiago Lipka)

9. Game of Thrones

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George RR Martin é um grandiosíssimo filho da puta. Nessa terceira temporada de Game of Thrones foi uma ansiedade caralhuda por causa de The Rains of Castamere, episódio que ficou mais pesado que o que se imagina pelo livro de 38 mil páginas. Mesmo adiantando ou atrasando tramas e alterando personagens adoidado, David Benioff e D.B. Weiss sabem bem o que estão fazendo e tão se garantindo porque: tá gata. (Rafael Moreira)

8. Rectify

rectify

Rectify é aquela série que você mal conhece e já considera pacas. Vem daquele canal soturno que ninguém assiste, com aqueles atores que você só vê fazendo ponta. Porém tem ~pedigree~ de produtores de Breaking Bad e os bons ventos vieram junto, POIS ÊTA SÉRIE DO CARALHO. Trata de uma cara que foi preso, aí confirmaram que a porra num era dele e ele foi solto e a adaptação dele fora da cadeia é o resto da série. Uma premissa simples, porém um drama nada fácil, porrada atrás de porrada, enquadramentos lindos, atuações de cair o cu da bunda e o benefício da dúvida fazem de Rectify das melhores estreias de 2013. (Leandro Ferreira)

7. Mad Men

madmen

Beleza que não foi nenhuma quinta temporada, mas esse ano essa série delícia teve mais uma temporada foda por vários motivos que tentarei numerar com calma: 1) talvez a temporada com os melhores momentos do Pete ❤ 2) todo mundo locaço no escritório. 3) Sally Draper 4) chega, porque aqui não é buzzfeed ne, caralho? Como penúltima temporada, o finale In Care of já deixou o clima que tudo tá acabando realmente 😥 com Jon Hamm entregando a atuação mais marcante até aqui no seu monólogo na conta da Hershey’s. (Rafael Moreira)

6. The Good Wife

thegoodwife

Tipo que The Good Wife sabe que a primeira metade da quarta temporada foi uma bosta horrorosa e irritante. Para se desculpar, ela deu pra gente “Red Team/Blue Team” e os episódios finais da s04. E, para compensar, fez a primeira metade da quinta temporada, que é tão perfeita que você se pergunta: a) Como pode ser TV aberta?, b) Como tem gente que não vê isso?, c) Meu coração aguenta esperar mais uma semana pelo próximo episódio? (Felipe Rocha)

5. Veep

veep

O salto na qualidade em relação à primeira temporada é notório e, embora eu tenha morrido de rir com essa crocância desde o piloto, o segundo ano foi muito melhor. E não foi só o roteiro, as situações e as piadas que se tornaram mais engraçadas. O Emmy da Julia Louis-Dreyfus não foi à toa: ela realmente é foda. E é claro que o elenco de apoio continua insano (até a filha dela é engraçada) e pra mim o momento mais hilário do ano foi a Selina atravessando a porta de vidro. (Ralzinho Carvalho)

4. Boardwalk Empire

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Depois de ter Gyp Rosetti detonando Atlantic City na temporada passada, a falta que o cara ia fazer era evidente. O negócio massa nessa temporada de Boardwalk Empire foi o destaque maior dado ao Chalky, já que ele agora ganhou um antagonista direto, Dr. (DOCTOR!!!) Narcisse. Destaque para a direção de Erlkönig, o roteiro de White Horse Pike e tudo naquele season finale que já dá a ideia que a quinta temporada vai ser do Al Capone. (Rafael Moreira)

3. Arrested Development

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Todo mundo passou seis anos de ~zuera na internet~ escrevendo “bring back Arrested Development” sempre que era possível e até quando não era, tipo nos emails pro chefe e no depô de aniversário pra sua mãe. Aí em 2011 anunciaram que a série ia voltar mesmo. Todo mundo pirando, todo mundo com as periquita solta, até que a gata Netflix lançou os episódios e… continua uma das melhores séries já feitas. Devido à agenda dos atores, Mitchell Hurwitz mudou completamente a estrutura narrativa dos episódios e não só funcionou como ainda conseguiu adicionar novos elementos e fornecer novas piadas pra abastecer a internet por mais alguns anos (vai achando que 04 de maio vai ficar tudo normal por aqui, vai…). (Felipe Rocha)

2. Enlightened

enlightened

A primeira temporada já tinha sido bem legal, mas o segundo ano de Enlightened foi uma benção, uma dádiva de uma entidade superior dada a todos aqueles 50 habitantes da Terra que assistiam ao seriado. A estratégia de dedicar episódios inteiros aos coadjuvantes – que já tinha sido usada no brilhante “Consider Helen” da s01 -, foi a responsável pelo melhor episódio do ano de qualquer coisa: The Ghost Is Seen (perdão, Ozymandias, te amo também). (Felipe Rocha)

1. Breaking Bad

breakingbad

E enfim…. acabou. E quando todo mundo temia pelo desfecho da série, veio uma pequena obra-prima chamada Ozymandias que, assim que terminou, fez metade do mundo ficar andando de um lado para o outro da sala gritando PUTA QUE O PARIU! PUTA QUE O PARIU! Depois disso, duas coisas eram certeza: 1) o final certamente estava em boas mãos e 2) o que vamos fazer da vida depois do último episódio?

E para essa última pergunta… olha… ainda não sei a resposta… (Tiago Lipka)

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QUASE entraram no Top 10:

  • Southland
  • Derek
  • Justified
  • Eastbound & Down
  • Orange Is the New Black

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E aqui as listas de cada um dos putos que votaram nisso aqui pra vc analisar bem o gosto desses cavalos.
Alexandre | Felipe | Leandro Chá | Rafael | Ralzinho | Tiago

Os 10 Melhores Álbuns de 2013

Este é um texto de introdução ao post de melhores álbuns lançados durante o ano de 2013. Na verdade, ninguém vai ler isso, pois todos vão pular direto para a lista, porém a gente ta escrevendo isso aqui assim mesmo só pra ficar bonitinho. No entanto, precisamos enrolar, então aí vai uma receita de miojo. Zuera. Foda-se. Vai ver o ranking. Xingar tá permitido.

10. The National – Trouble Will Find Me

10

Trouble Will Find Me é um negócio muito massa dessa banda manera chamada The National. Três anos depois do lançamento do High Violet, o único CD deles que considero perfeito, o sexto álbum dos caras tem um resultado bonito e longe de decepcionar. Quem já acompanha a trajetória da banda certamente curtiu bastante. Trouble Will Find Me traz as faixas pra te fazer se sentir um bostão (Fireproof, Heavenfaced e I Need My Girl) e aquelas pra te fazer se sentir menos bostão (Graceless e Don’t Swallow The Cap) também tão lá. (Rafael Moreira)

Destaques: Graceless, Don’t Swallow The Cap e I Need My Girl

9. David Bowie – The Next Day

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David Bowie pegou a capa de “Heroes” riscou o nome, jogou um quadrado branco no rosto e pronto TEJE FEITA CAPA DO MEU NOVO CD! Gosto bastante dessa galera velha que não para de fazer coisa boa e esse The Next Day foi uma surpresa pra todo mundo que pensava que o Bowie tinha se aposentado depois de 10 anos sem gravar porra nenhuma. No seu aniversário, ele liberou Where Are You Now? e o troço é maravilhoso. Álbum lançado e Bowie ainda faz um clipe The Stars (Are Out Tonight) com Tilda Swinton. The Next Day é Bowie dizendo sem sutileza que tá de volta. (Rafael Moreira)

Destaques: Valentine’s Day, The Next Day, The Stars (Are Out Tonight) e If You Can See Me.

8. Black Sabbath – 13

8

Aí em pleno 2013 os velhos do Black Sabbath aparecem todos pomposos em suas fraldas geriátricas e com suas comadres a postos com o seu primeiro álbum de inéditas em 18 anos. E deve ser a melhor coisa deles desde Heaven and Hell, sei lá, não fiz as contas. Enfim, o maluco que não se apaixona por God Is Dead? merece os Avenged Sevenfold dos dias atuais. (Felipe Rocha)

Destaques: End of the Beginning, God Is Dead?, Zeitgeist

7. Laura Marling – Once I Was An Eagle

7

Laura Marling (Laurão pros mais íntimos) é aquela moça hipster sem ser vul… PERA, então, quando vazou Once I Was an Eagle, fiquei louca e tentei comprar, só que meu cartão não passou por motivos de excesso de crédito e tive que ficar só com o download mesmo. Mas a verdade é que tanto faz pois esta pequena obra prima é um puta abuso com nossa cara. Ele começa com o pot-pourri (sdds É o Tchan no Hawaii) de onde as gostosíssimas Take the Night Off e I Was an Eagle fazem parte, aí você passa por Devil’s Resting Place e Love Be Brave e, até o fim do disco, você ta todo gozado de lágrimas amargas pela qual Laurinha (ex-namorada do integrante da banda favorita dos membros demitidos) escreve, canta, dança e interpreta. (Leandro Ferreira)

Destaques: I Was an Eagle, Devil’s Resting Place e Love Be Brave

6. Bad Religion – True North

6

O Bad Religion NUNCA faz álbum ruim. Só que nos últimos anos também não vinha fazendo nada que fosse além de somente bom. Até chegar True North. True North é uma porrada do início ao fim e tem pelo menos umas cinco músicas que, se vivêssemos em um mundo decente, seriam cantadas por crianças nas escolas em vez do Hino Nacional. (Felipe Rocha)

Destaques: Past Is Dead, Land of Endless Greed, Dept. of False Hope.

5. Vampire Weekend – Modern Vampires of the City

5

Gente, vocês lembram como o Contra era awesome e legal e doente, porém meio pau no cu? Então, Modern Vampires of the City é exatamente o que foi o Contra, só que bem menos pau no cu. Unbelievers minha músicaaaaaaaaaaaaaaaaaaargh. (Felipe Rocha)

Destaques: Unbelievers, Diane Young, Worship You.

4. Manic Street Preachers – Rewind the Film

4

Nos últimos 10 anos, o Manic Street Preachers só havia lançado um cd realmente bom – Send Away the Tigers, e com Rewind the Film voltou bem, voltou lindo e voltou cheio das graça. Em ritmo lento, cheio de baladas com cara de trilha pra bareco lá do País de Gales, é melancólico e festivo ao mesmo tempo. (Tiago Lipka)

Destaques: Show Me The Wonder, Rewind the Film, (I Miss The) Tokyo Skyline e Anthem For a Lost Cause.

3. Nick Cave and the Bad Seeds – Push the Sky Away

3

Nick Cave é desses que a gente nem precisa se perguntar se o cd vai ser bom ou não – sempre é maravilhoso. Mas desde a dobradinha Abbatoir Blues / The Lyre of Orpheus que o tiozão não mandava tão bem. Ficamos impressionadíssimas. (Tiago Lipka)

Destaques: Jubilee Street, Mermaids e Higgs Boson Blues.

2. Queens Of The Stone Age – …Like Clockwork

2

Esse álbum. Essa banda. Esse show. O massa desse último trabalho do Queens of The Stone Age foi o que veio antes do lançamento. O mais awesome foi um site que você colocava qualquer número pro boneco lá ligar te falando isso aqui no ouvidinho. Além disso, …Like Clockwork, teve um curta animado pra promover seu clima depressivo e mórbido. Começa com Keep Your Eyes Peeled que é bem drogada e o auge da depressão é lá no final com a música título, tendo pelo meio as gatas I Sat By The Ocean, My God is The Sun, Kalopsia e, claro, a delícia I Appear Missing. (Rafael Moreira)

Destaques: I Appear Missing, I Sat By The Ocean, My God Is The Sun e Kalopsia

1. Alice in Chains – The Devil Put Dinosaurs Here

1

Se Black Gives Way To Blue provou que havia sim vida pós-Layne Staley, The Devil Put Dinosaurs Here chega pra dar voadora em quem torcia para que a banda desistisse de tocar, pedindo desculpas por atrapalhar o silêncio da sua viagem. Pesado, melódico, e trazendo uma sonoridade nova – ao mesmo tempo em que se encaixa perfeitamente na discografia da banda. Um pequeno milagre sonoro que ainda tem duas das coisas mais legais do mundo em seu título: demônios e dinossauros. (Tiago Lipka)

Destaques: Stone, Voices, Low Ceiling e Choke

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QUASE entraram no Top 10:

  • Joan Jett & the Blackhearts – Unvarnished
  • Nine Inch Nails – Hesitation Marks
  • Paul McCartney – New
  •  Kanye West – Yeezus
  • Arctic Monkeys – AM

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A gente também vai publicar as listas individuais que é pra você saber certinho quem votou em quem e poder xingar com propriedade e segurança nos comentários.
Alexandre | Felipe | Leandro Chá | Rafael | Tiago

Leituras em 2012

Os membros do Shitchat podem aparentar serem pessoas que não lêem, e…. Eu queria dizer que é mentira, mas duvido que eles leiam algo que tenha mais de 140 caracteres, inclusive esse post não será lido por ninguém da equipe, e estou sofrendo bulen por ser a única da equipe que lê livros. Enfim…

livros

2012 foi um ano mais dedicado às compras de livro que à leitura em si. Quase tive que decidir entre jogar fora os sapatos para ter espaço para os livros, mas ler, que é bom, foram poucos livros mesmo. Pelo menos, tive a sorte de ler coisas bem legais, como…

leitura

Fazendo Meu Filme 4: Fani Em Busca do Final Feliz – Paula Pimenta

A Paula Pimenta tirou a literatura juvenil brasileira do marasmo e descreveu com realismo os amores e dúvidas da adolescente Fani, e todos agradecemos por isso. Mas, quatro livro depois, todo mundo queria saber como seria o final feliz da Fani, que já não é mais adolescente, é uma jovem mulher decidindo o que fazer no resto de sua vida. A estrutura da história é bem diferente dos três livros anteriores, o que é positivo, pois a Paula mostra que ainda pode surpreender os leitores. É uma ótima leitura, não apenas para adolescentes, mas para pais e homens também. A conferir o lançamento de Minha Vida Fora de Série – Segunda Temporada em 2013.

Por Isso A Gente Acabou – Daniel Handler

A história de uma garota contando para o ex por que o relacionamento deles não deu certo poderia transbordar de recalque, mas a mente de Daniel Handler vai mais além. Daniel descreve o coração de uma adolescente de 16 anos sem soar piegas ou artificial. E não contente em incorporar uma adolescente e seu mundo, Daniel cria uma atriz e diversos filmes. Foi meu primeiro livro dele, e certamente não será o último. Obrigada pela dica, @DayseD!

Jogos Vorazes – Suzanne Collins

Tá, todos ouviram falar sobre a trilogia, viram o filme (e se não, deveriam), mas foi um dos melhores livros que li no ano. A Suzanne Collins traz temas sérios para o público infanto-juvenil sem ser chata ou pedante. Ela também sabe lidar com a tensão muito bem, cria ótimos cliffhangers, e muitos capítulos poderiam bem acabar com a tela preta e o logo de Lost. Estou mais que ansiosa para o segundo filme em novembro.

John Dies at The End – David Wong

Sério, mais pessoas deveriam conhecer esse livro. Trata-se da história de Dave e John, dois amigos que começam a ver coisas bem estranhas depois de entrar em contato com uma droga. Um humor como há tempos não via e referências pop bem utilizadas misturado com terror. John Dies at the End só poderia ter sido escrito por um dos editores do site cracked.com mesmo. Tem um filme baseado no livro, mas ainda não vi.

As Vantagens de Ser Invisível – Stephen Chbosky

Mais um escritor que traduz com sensibilidade o que é ser adolescente. É leitura obrigatória para adultos que já esqueceram de como a vida na juventude era difícil. Eu li em uma manhã de domingo, mas para os que odeiam ler, tem um filme bem bacana com The Smiths na trilha sonora e a Hermione (Emma Watson).

Delírio – Lauren Oliver

Outra distopia, outra dica da @DayseD. Distopias podem estar com um grande destaque, mas não é qualquer um que acerta ao tornar crível um mundo totalitário para os leitores. Em Delirium, primeiro de uma trilogia, Lauren Oliver convence ao mostrar um mundo em que o amor é uma doença. É uma crítica interessante para aqueles que acham que carinho é dispensável e o que importa é alimentar e pagar a escola. E o livro final da série, Requiem, será lançado esse ano ainda.

Devo ter lido mais coisas, mas sinceramente, não lembro. Desenterrei minha conta no skoob para ter uma noção melhor do que estou lendo. E resolvi o problema de espaço comprando um kindle (antes de saber que o kobo tem touch screen, af). Espero ler mais livros em 2013 que 2012.

Os 10 melhores filmes de 2012

Chegamos à última lista de fim de ano do Shitchat. Sim, podem comemorar, acabou a palhaçada. Dessa vez, os funcionários da empresa se juntaram e votaram em seus 10 filmes favoritos de 2012. Obviamente que muita merda apareceu na lista inicial (Frankenweenie? WTF gente, tenhamos critérios por favor), mas no fim o bem venceu o mal e a lista final ficou um pão.

Antes, porém, tu não tá fazendo porra nenhuma e não te custa nada ir lá ver a lista de séries e a de álbuns de 2012. A gente espera. Vamos ouvir um Audioslave manero enquanto isso. […] Pronto? OK, agora os filmes. Os comentários foram feitos por Tiago Lipka e Felipe Rocha, mas você pode ignorar eles se quiser.

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The Girl with the Dragon Tattoo, EUA
Dir. David Fincher

Os birutas que gostam mais do horrorouso original sueco pira, mas a versão de David Fincher entrou em nossos corações. Nada contra Noomi Rapace, única coisa boa da primeira versão, mas Rooney Mara estava linda em um filme melhor. (Tiago Lipka)

O filme é sensacional, mas podia ter sido uma bosta que estaria perdoado caso tivesse a deliciosa cena da vingança da piranha tatuada sobre o gordo escroto. De ridículo mesmo só o filme aparecendo apenas em décimo, mas democracia é essa merda aí que vocês tão vendo. (Also, “birutas”? af) (Felipe Rocha)

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Habemus Papam, Itália
Dir. Nanni Moretti

Um filme que tira sarro do Papa e do Vaticano em si já merece destaque, mas Nanni Moretti conseguiu fazer um filme simpático, respeitoso e repleto de momentos brilhantes com o grande Michel Piccoli. Um grande e inesquecível Piccoli. That’s what she said.  (Tiago Lipka)

Melhor parte o Papa dando chilique. Pior parte a interrupção do torneio de vôlei dos cardeais. A América do Sul tava na semifinal, porra. (Felipe Rocha)

hugocabret

Hugo, EUA
Dir. Martin Scorsese 

Martin Scorsese mora em todo coração, no sorriso de todo bebê. A Invenção de Hugo Cabret pode estar longe de ser seu melhor filme, mas até um Scorsese filmando um documentário sobre pão de queijo é melhor que muita coisa por aí. Sinceras desculpas, Helvécio Ratton. E como cereja do bolo, talvez tenha sido um dos raríssimos filmes que valeram a pena assistir em 3D (junto com Pina). Mas nunca iremos admitir isso. #Fora3D #GloboMente (Tiago Lipka)

Falando em Globo, acho que o cara que edita as vinhetas dos filmes de lá ficou muito feliz com Scorsese pois dá pra fazer uns cinco minutos só de cenas de trapalhadas, confusões e cenas engraçadíssimas do Borat e sua turminha de coadjuvantes. Mas fora isso é um filme lindo. (Felipe Rocha)

holymotors

Holy Motors, França
Dir. Leos Carax

Para mostrar como somos phynos, rycos e melhores que todos vocês, incluímos um filme francês que não é Intocáveis nem Amelie Polãn. Holy Motors surpreendeu a todos com sua narrativa surreal e envolvente, que lembra muito o também maravilhouso Cidade dos Sonhos de David Lynch. Uma visão pessimista, mas também apaixonada e inspirada, do cinema atual. Leos Carax, volte sempre, cara. (Tiago Lipka)

Homossexuais, sosseguem a periquita porque era prótese. (Felipe Rocha)

oartista

The Artist, França
Dir. Michel Hazanavicius

O “chupa meu cu” oficial dos cinéfilos para os James Camerons da vida, que querem fazer o povo engolir o 3D goela abaixo, foi a aclamação desse maravilhouso filme francês, mudo e preto e branco. Uggie, te amamos cara. (Tiago Lipka)

Já dizia Norma Desmond, pra que esses diálogos pedantes e expositivos se temos a cara da Berenice Bejo pra mostrar? O Artista ganhou o Oscar praticamente sem concorrência e seu astro, Uggie, ainda arrancou suspiros de amor de Zezinha, a yorkshire de estimação do Shitchat. (Felipe Rocha)

drive
Drive
, EUA
Dir. Nicolas Winding Refn

Não é difícil um filme com aura de “cool” chamar a atenção. O difícil é o filme não ser apenas isso – e no caso de Drive, fazer com que a sua estética faça sentido dentro da narrativa. Trazendo belíssimas atuações de Ryan Gosling, Carey Mulligan, Albert Brooks, Bryan Cranston, Oscar Isaac e Ron Perlman (além de uma pequena ponta de Christina Hendricks), Drive fechou o ano como um dos maiores consensos dentro do Shitchat. (Tiago Lipka)

Só pra contradizer o comentário acima, não sou desses que fica lambendo o saco de Drive e considerando o filme a maior obra-prima do cinema mundial desde Cinderela Baiana. Na verdade nem votei no filme. No entanto, vamos admitir que, visualmente, o longa é sensacional e vem apoiado em boas atuações, especialmente do Ryan Gosling, roubadíssimo em premiações. (Felipe Rocha)

moonrisekingdom

Moonrise Kingdom, EUA
Dir. Wes Anderson

As recalcadas vão chamar de “filme para hipsters pedófilos”. Embora nós concordemos com as recalcadas, o mais recente Wes Anderson é inspiradíssimo e está entre seus melhores trabalhos. (Tiago Lipka)

Só de o Wes Anderson ter feito um filme sem o Owen Wilson já merecia estar nesse Top 10. Aí vem neguinho e diz assim “ai, mas não é assim um Tenenbaum”. Queridos, diferente do Gene Hackman, Moonrise Kingdom não é e nunca quis ser um Tenenbaum. Aproveita o filme e cala a boca. (Felipe Rocha)

oabrigo

Take Shelter, EUA
Dir. Jeff Nichols

Passou batido por muitos, mas não pelos seletos integrantes do Shitchat. Uma história simples, mas profunda, bem conduzida e especialmente bem interpretada: Michael Shannon está em uma atuação hipnótica, e muitíssimo bem acompanhado pela onipresente Jessica Chastain. (Tiago Lipka)

Vou ser sincero que, como dizia o poeta Peter Henry, “me senti traído” com aquele final. Mas vamos dar um desconto pois estamos falando dos últimos segundos do filme e tudo que vem antes disso é simplesmente lindo. Michael Shannon tem uma cara de psicopata que me assusta às vezes, mas funciona que é uma beleza e Jessiquinha Chastain apenas a próxima Meryl Streep, pode anotar aí na sua cadernetinha Tilibra. (Felipe Rocha)

aseparacao

A Separation, Irã
Dir. Asghar Farhadi

Dizem as más línguas que Felipe Rocha Noventa e Oito chorou quando, na votação, A Separação caiu para o segundo lugar. Mas as boas línguas sabem que quem não chorou no final deste filme fabuloso NÃO É HUMANO, como diria o grande filósofo Maurício Saldanha. (Tiago Lipka)

As más línguas estão corretíssimas, pois todos sabem que A Separação é o melhor filme do ano e infelizmente foi prejudicado por um sistema de votação elitista que favorece os ricos e norte-americanos. Mas enfim, é lindo como o Asghar Farhadi não te deixa escolher um vilão ou um mocinho e reforça constantemente o fato de que ninguém é bonzinho ou malvado. Também, assim como Procurando Elly, outro filme dele, é uma boa visão da sociedade iraniana atual e do papel da mulher nela. Mais pontos positivos: uma adolescente de filme cujos pais estão se separando e que não é irritante, um velho com Alzheimer porém safadíssimo, uma cuidadora cachorra que tortura velhos e uma professora quenga que mente no tribunal, intimida crianças e muda depoimentos. Ponto negativo: o juiz não ter dado um soco na cara de cada um 😦 (Felipe Rocha)

shame

Shame, Reino Unido
Dir. Steve McQueen

Foi mais ou menos uma surpresa quando vimos Shame no topo, mas se pensarmos bem, não devia. Essa segunda parceria entre Steve McQueen e Michael Fassbender trouxe algumas das cenas mais memoráveis do ano (especialmente Carey Mulligan numa versão sublime de New York, New York) em um filme difícil e complexo, mas envolvente e surpreendente como poucos. (Tiago Lipka)

Quase todos os leitores do Shitchat não valem o Bubbaloo que colam no banco do ônibus e só viram Shame por um motivo específico (eles sabem do que eu to falando). São ridículos porque isso seria ignorar toda a complexidade da história contada por Steve McQueen. E, sim, Carey Mulligan melhor pessoa (o primeiro que chamar ela de “Audrey Hepburn do Século XXI” leva um soco). (Felipe Rocha)

***

Também tiveram boa votação: Essential Killing, Polônia, Dir.  Jerzy Skolimowski (18pts); Precisamos Falar Sobre o Kevin, Reino Unido, Dir. Lynne Ramsay (18pts); O Espião que Sabia Demais, Reino Unido, Dir. Tomas Alfredson (18pts); Jovens Adultos, EUA, Dir. Jason Reitman (14pts); Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios, Brasil, Dir. Beto Brant (14pts); As Vantagens de Ser Invisível, EUA, Dir. Stephen Chbosky (14pts); Argo, EUA, Dir. Ben Affleck (12pts); Perfect Sense, Reino Unido, Dir. David Mackenzie (12pts)

Os 10 melhores álbuns de 2012

Bom dia, faces. Então, música é uma coisa muito louca. Por exemplo, tem quem goste de Arcade Fire. Tem quem goste de Muse. Tem quem goste até de Lana Del Rola. E aí as listas de fim de ano vão surgindo e nós do Shitchat nos revoltamos com a ausência de certo álbum na grande maioria delas e fizemos esta lista basicamente pra poder reparar a injustiça (inclusive tal álbum é o nosso #1, obrigado). Antes, porém, se você ainda não viu a lista das 10 melhores séries de 2012, por favor não faça cerimônias. Sinta-se em casa e clique aqui. (atendendo a pedidos de nosso amado fã, a princeza “hush hush”, link abrindo em outra aba)

Agora sim. Os comentários dos álbuns foram carinhosamente feitos por Leandro Ferreira, Wallyson Soares, Marcelle Machado e Felipe Rocha e devidamente cagados e editados pelo Bozo.

teste01

miikesnow
Destaques: “Devil’s Work” e “Archipelago”.

Em seu segundo trabalho, que quase ninguém ouviu, o Miike Snow consegue ser ainda mais bem sucedido que seu anterior, que menos gente ainda ouviu. Em Happy to You, na mesma proporção em que as músicas são agitadas, são sufocantes e com letras carregadas de amargura. Um álbum pesado que se esconde perfeitamente num clima alegre. (Leandro Ferreira)

E *BANG* na cara de quem achava que Miike Snow era um cara só. (Felipe Rocha)

monsterandmen
Destaques: “Little Talks” e “Love Love Love

Desde Damião Arroz e Lisa Hannigan um duo de vocal masculino e feminino não agradava tanto. Of Monsters & Men tem um som folk e melodias agradáveis que disfarçam a tristeza de algumas letras. Certamente é um dos shows que o Shitchat irá conferir no Lollapalooza. (Marcelle Machado)

maccabees
Destaques: “Forever I’ve Known” e “Feel to Follow

Os senhores Maccabees já tinham dois álbuns e boas referências, mas foi só com Given to the Wild que conseguiram a visibilidade merecida. Um trabalho muito mais sério e grandioso que os anteriores, o novo disco explora novos sons e entrega canções pulsantes e atmosféricas que remetem a Foals, com pitadas do experimentalismo de Sigur Rós e do rock operático de U2. Uma mesclagem perigosa que dá origem a um dos álbuns mais impressionantes do ano, com direito a canções emocionantes como “Forever I’ve Known” e “Feel to Follow” – certamente entre as melhores do repertório da banda. (Wallyson Soares)

Gozai-vos. (Felipe Rocha)

greenday
Destaques: “Oh Love“, “Let Yourself Go” e “Stay the Night

A ópera rock ficou para trás e agora a ambição do Dia Verde chega em forma de trilogia. ¡Uno!, ¡Dos! e ¡Tré! são trabalhos bem distintos, mas todos são híbridos dos discos anteriores dos caras. ¡Uno! traz consigo a canção mais pop da banda – a cintilante e pomposa “Kill the DJ” – em meio a músicas que vão da ternura gostosa de “Sweet 16” ao punk rock tradicional de “Let Yourself Go”. É um álbum conciso que abre caminho para outros dois trabalhos tão bons quanto. (Wallyson Soares)

Esse álbum teve de tudo, desde mashup de músicas antigas (“Before the Lobotomy” + “Scattered” + “86” = “Rusty James”) a referências ao The Who e porradas estilo Dookie. Você que não gosta do Green Day pode fazer o favor de segurar no meu pênis. Obrigado. (Felipe Rocha)

metric
Destaques: “Wanderlust” e “Lost Kitten

“I’m fucked up as they say”. Um álbum que começa dessa forma está fadado ao sucesso, dizem os boatos. O Metric chega ao auge da carreira com o impecável Synthetica, que vai do início ao fim mantendo o clima depressivo de suas letras, só que sem ser escroto tipo essas bandas emo que os jovens de hoje em dia escutam. Sem pensar duas vezes merece estar no top 10 do ano. (Leandro Ferreira).

“Sem pensar duas vezes merece estar no top 10 do ano”. NA SUA OPINIÃO NÉ, GATA, AF (Felipe Rocha)

alabamashakes
Destaques: “Hang Loose” e “Be Mine

Após a partida de Amy, os hipsters e indies ficaram órfãos de uma voz feminina poderosa e com uma sonoridade vintage. Alabama Shakes chegou para tapar esse buraco com o álbum Boys & Girls e os vocais de Brittany Howard. Nós do Shitchat torcemos para que a banda mantenha o bom trabalho do álbum de estreia, e que os hipsters não abandonem a banda após ficar mainstream demais. E que o show do Lollapalooza seja muito bom. (Marcelle Machado)

A gente pede pra pessoa escolher duas músicas de destaque do álbum e ela deixa “Hold On”, “I Found You” e “I Ain’t the Same” de fora. Pedimos perdão aos leitores. (Felipe Rocha)

mumfordandsons
Destaques
: “Lover of the Light” e “Hopeless Wanderer

Quem diria que o delicioso Sign No More – debut do Mumford & Filhos lançado há três anos – seria apenas o petisco para a obra-prima chamada Babel. Um épico charmosíssimo e todo trabalhado na grandiosidade (de melodias marcantes, refrões grudentos e uma orquestra afetuosa de instrumentos variados), é álbum para escutar de início ao fim sem pular faixas e repetir a dose ad infinitum. Impossível parar para escutar faixas isoladas do disco, mas certamente a bela “Lover of the Light” e a contundente “Hopeless Wanderer” são destaques. Notem também as referências, que vão de Bob Dylan a Simon & Garfunkel (com direito a cover de “The Boxer” com participação do Paul Simon). (Wallyson Soares)

Sei lá, ainda nem ouvi este álbum, mas se tem “uma orquestra afetuosa de instrumentos variados” já to achando meio gay, sei lá. (Felipe Rocha)

grizzlybear
Destaques
: “Yet Again” e “Speak in Rounds

O Shitchat é descolado demais para ser hipster, mas é impossível ignorar Grizzly Bear e sua combinação única de diferentes instrumentos. A banda acerta na harmonia entre guitarras e acústicos como poucas bandas conseguiram. Um disco para se ouvir diversas vezes e ainda assim encontrar algo novo. (Marcelle Machado)

Fun Fact que eu dormi com todos os álbuns do Grizzly Bear menos com esse Shields, então com certeza é um bom álbum sim. Parabéns, Grizzly Bear. (Felipe Rocha)

frankocean
Destaques: “Bad Religion” e “Thinkin’ Bout You

É raro, mas vez ou outra surge um rapper que de fato tem algo a dizer – e com Frank Oceano o som refrescante chegou de forma libertadora, em meio a declaração saindo do armário que mudou um pouco como escutar seu primeiro álbum de estúdio, Channel Orange. Não se ouve a perfeita “Bad Religion” ou a extasiante “Thinkin Bout You” da mesma maneira. A verdade é que, com ou sem declaração, Frank trouxe algo novo ao pop e ao rap em geral, com canções crocantíssimas – fugindo da inércia na qual o rap americano se encontrava. Mais do que um músico admirável, porém, Frank se revelou um letrista genial, com letras importantes que se unem às melodias deliciosas para criar um “crack rock” que não sai da sua cabeça. (Wallyson Soares)

Esquece tudo que todo mundo falou sobre todas as músicas do disco. Vai ouvir “Super Rich Kids”. De nada. (Felipe Rocha)

fionaapple
Destaques: “Every Single Night” e “Hot Knife

Foram precisos sete longos anos para Fiona Maçã nos brindar com álbum inédito – e nada poderia ser mais prazerosamente idiossincrático como esse The Idler Wheel… (como só ela sabe fazer). Dos berros contagiantes em “Every Single Night” ao desfecho peculiar de “Hot Knife”, é um disco experimental vibrante. Toda faixa carregada de sentimentos efusivos e poesia desconcertante, Fiona ousa mais do que nunca e liga o foda-se para arranjos certinhos e refrões contagiantes. Ela brinca com letra e melodia, desconstruindo as regras de se compor. Alguns classificam essa nova onda de Fiona como “pop barroco”. Não é uma definição muito longe do real, mas é melhor deixar esse trabalho singular sem etiquetas. (Wallyson Soares)

Só sei que a cachorra da Fiona ainda não morreu e dava pra ela ter vindo fazer o show no Brasil tranquilo e voltado. Af. Mas sim, maravilhouso The Idler Wheel blablablablabal balbalablabalbalalbalbalshdai usldjk2rnsd. (Felipe Rocha)

***

Também tiveram boa votação: ¡Tré! – Green Day (14pts), Segunda Pele – Roberta Sá (14pts), Electra Heart – Marina and the Diamonds (12pts), Coexist – The xx (12pts), What We Saw from the Cheap Seats – Regina Spektor (10pts)

As 10 melhores séries de 2012

Esqueça todas as listas de fim de ano que você leu até agora pois as mais importantes – as nossas – estão chegando. Primeiro, as dez melhores séries de TV de 2012 de acordo com os integrantes deste website, que votaram após calorosa e violenta discussão.

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 Vamos à delícia.

ImagemPouca gente vê a Puta do 23, o que é um grande erro. São tantos ensinamentos e palavras de sabedoria e pensamentos tão lifechanging vindo da deusa Chloe (e até da June, quem diria?) que consideramos a baixa audiência da Puta do 23 uma das grandes provas da falta de caráter da humanidade, juntamente com o contador de visualizações dos vídeos do Latino no Youtube e os leitores da Veja.

ImagemEm Veep, Selina Meyer, vice-presidente dos Estados Unidos, está cercada por idiotas que só fazem cagada o tempo inteiro e gasta seus dias tentando passar uma boa imagem para o público. Basicamente a mesma relação que eu tenho com o Shitchat.

ImagemPor mais que Survivor: One World tenha sido legal e tenha tido um gay racista, um velho louco e Alicia, o grande momento do reality no ano foi Survivor: Philipines, graças a Abi-Maria Gomes, a brasileira mais gratuitamente safada desde a Xuxa dos anos 80. Abi, o Shitchat te ama.

ImagemGirls foi comparada à exaustão com Sex and the City, foi chamada de racista e realmente irritou um monte de recalcado que só estava acostumado a ver mulheres magras peladas na TV. O fato é que, gostando da série ou não, todos em 2012 tiveram uma opinião sobre ela e sobre sua criadora, Lena Dunham. O Shitchat acredita que os que ficaram desconfortáveis assistindo à série são babacas, mas têm todo o direito de trocar pra novela e ver as velhas do Leblon falando sobre a Avon em vez de ver a Lena Dunham pelada acompanhar um debate relevante sobre o papel do jovem na sociedade atual.

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Não foi um ano lá muito bom pra Community, que foi ameaçada de cancelamento, perdeu o showrunner e criador, perdeu um ator (vai pela sombra, Chevy) e teve sua quarta temporada adiada pra 2013. Ainda assim, com somente 12 episódios exibidos em 2012, a série conseguiu o sexto lugar na lista graças a episódios perfumados tipo o “Pillows and Blankets” e o refrescante “Digital Estate Planning”, aquele do 8-bit com o Gus Fring.

ImagemNão dá pra dizer que Homeland foi uma unanimidade em 2012. Entretanto, mesmo (bastante) criticada em sua metade final, a coragem demonstrada pela série em seu início foi o suficiente para trazê-la até o quinto lugar da lista. Na verdade, o Shitchat coloca toda a culpa desta suposta queda de qualidade da série em apenas uma pessoa:

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Kim Bauer

Pelo lado bom, Claire. Danes. Chorando.

Imagem2012 foi o ano da consagração de Louis CK. Ídolo do Shitchat, o comediante elevou Louie a condição de obra-prima nesta terceira temporada, que teve desde esta cena de sexo meio estupro com Melissa Leo até um arco de três episódios do Louie tentando ser o substituto do Letterman. As experiências da personagem da temporada foram bem resumidas por Antonio Salieri em um dos episódios.

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Peitos, sangue, monstro da fumaça, zumbi, Arya, álcool, uns dragões, essa vadia, Cersei, o episódio do Blackwater, Ana Bolena e morte de criancinhas. Quer mais? <3333 Humilhações do King Joffrey <3333: um tapa, um remix de tapasmerda na cara… ah, um facepalm de bônus.

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Tinha tudo pra dar errado: uma temporada final dividida pela metade, sem Gus Fring, com Walter White vilãozinho e fazendo cosplay de Saul “The Bear” Berenson em flashforwards e a probabilidade de poucos cafés da manhã para Waltinho Jr. Mesmo assim, Breaking Bad ESTOUROU A BOCA DO BALÃO com oito episódios deliciosos que terminaram com um literal *CATAPLOFT*

ImagemMelhor que Breaking Bad mesmo, só esta coisa linda de Deus (escrita pelo demônio?) chamada Mad Men. Não só a série conseguiu manter o mesmo nível da borbulhante quarta temporada como ainda tocou Beatles. Teve a apimentada cena usada pelo Shitchat como inspiração para a expressão “fazer a Peggy” no cinema. E teve a Sally chocadíssima ao descobrir o que é um boquete. E a gente percebendo que a cidade é igual ao Shitchat.

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Também tiveram boa votação: Boardwalk Empire (15pts), Sherlock (14pts), 30 Rock (12pts), Last Resort (12pts), Parks and Recreation (12pts), Justified (12pts), Happy Endings (10pts), Cougar Town (10pts)